domingo, 30 de novembro de 2008

Yehudi Menuhin tocando o "Moto Perpétuo" de Paganini - 1947




O compositor: Nicoló Paganini (1782 - 1840) é provavelmente o maior gênio do violino na história da música. Além de ter sido um grande virtuose (seu virtuosismo revolucionou a linguagem do instrumento), ele foi também um grande compositor e compôs várias obras basimente para esse instrumento, entre elas 6 concertos para violino e orquestra e 24 caprichos (capricci) para violino solo. A influência da obra de Paganini é tão grande que podemos considerar os dois primeiros concertos para violino, os 24 capricci, e o Moto Perpétuo, opus 11 como uma espécie de "Novo Testamento" para todos os violinistas posteriores (o "Antigo Testamento" seriam as Sonatas e Partitas de Bach)

Pretendo, futuramente, postar mais sobre ele, incluindo sua biografia, obras e principais gravações. Por ora, sugiro a leitura de alguns sites na internet:




(em português)




(em inglês)


O intérprete: "Lord" Yehudi Menuhim of Stoke d’Abernon ou (1916 -1999) nasceu em Nova York, EUA, mas permaneceu a maior parte da carreira no Reino Unido, tendo se naturalizado suiço em 1970 e inglês em 1985. Foi um dos maiores violinistas do século XX e é um dos grandes exemplos de uma longa tradição de escepcionais violinistas de origem judaica (como Joseph Joachim, Frtiz Kreisler, Jascha Heifetz, David Oistrah, Nathan Milstein, Isaac Stern, Pinchas Zukermann, Joshua Bell, Gidon Kremer, Schlomo Mintz, Michael Rabin, Vladimir Spikanov, Maxim Vengerov e Itzhak Perlman) e, na minha modestíssima opinião, um dos três maiores violinistas do século passado (os outros dois seriam Kreisler e Heifetz).
Boas informações sobre sua carreira podem ser obtidas aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Yehudi_Menuhin


A obra: O Moto Perpetuo, opus 11, é um desafio não apenas para violinistas, mas também para outros instrumentistas. A melodia da composição é formada por uma sequência extremamente longa de semicolcheias, sem pausas, sem notas longas e sem descanso – e o andamento é bem rápido (145 bpm). A qualidade que mais se desenvolve no estudo de Moto Perpetuo é a resistência, pois qualquer descuido ou desconcentração pode levar ao erro e à perda da sequência da melodia.